O preço do Sangue

Todos nós sabemos que Deus trabalha através de simbologias. Em cada mero detalhe, em cada versículo escrito da Bíblia, é notório a existência de “n´s” significados, interpretações. Quanto ao sacrifício realizado por Jesus, não foi diferente. Em cada mero detalhe, revelações sem fim.

O necessário naquele momento seria o Sangue. O derramamento do Sangue de um Cordeiro perfeito, para que portais fossem abertos e a vida eterna nos fosse presenteada. Quer maiores detalhes? É fácil!

Sabemos a importância do sangue nos sacrifícios no decorrer de toda a história. Para os judeus, não foi diferente. Para alcançarem o perdão dos pecados, era necessário o derramamento de sangue de um cordeiro sem manchas, e assim alcançavam o perdão e poderiam se comunicar com Deus temporariamente.

Deus, sempre respeitador de seus princípios e insatisfeito com tal situação por sempre buscar um relacionamento mais íntimo com o homem, procura um Cordeiro perfeito para que pudesse abrir para todo o sempre o portal que o ligava ao homem. Desta forma, não teve outra escolha: pagou a sentença que ele mesmo estabeleceu, se fazendo homem e morrendo pela humanidade através de Jesus Cristo.

Naquele momento, a única atitude requerida era o Sangue. Mas existe muito mais! Os cravos, a coroa de espinhos, o vinagre, as duas cruzes... Em cada detalhe, um presente.

Loucura? Boato? Crendice? Não sei. Mas isso pra mim faz todo o sentido.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16

Vivendo nEle

Em certas épocas, uma cachoeira de livros aparecem pra mim. Coincidentemente com o mesmo tema. Então isso começa a me perseguir e começo a respirar um assunto somente. Ultimamente o tema que me persegue nos últimos anos é a Graça. E dentro deste tema descobri um livro precioso: "Porque você não quer mais ir à igreja" de Dave Coleman e Wayne Jacobsen, da Editora Sextante. Recomendo!

Então, dentro desse raciocínio, fiz algumas anotações.

O fundamento das reuniões dentro do cristianismo deveria ser o amor.

Sem querer pressionar, nem forçar ninguém a fazer algo, pois cada um descobrirá a verdade por si mesmo ainda que em momentos distintos e assumirão suas próprias responsabilidades.

Do contrário, nunca aprenderemos a viver em amor. E este, com toda certeza é o melhor caminho. Cada um, em sua forma autêntica, sendo encorajado a se aproximar de Jesus e não tentar ajustar os outros ao seu ponto de vista. O evangelho existe não para formar soldados, mas para transformar vida de pessoas.

O objetivo da cruz foi destruir de forma definitiva a maldição do pecado e não para simplesmente perdoá-lo. A maldição do pecado é algo tão sério e tão intenso que se assemelha a uma manada de bois vindo em nossa direção. E Jesus, se oferece pulando na frente dela e nos empurrando para a salvação. (Gálatas 3.13). Desta forma, quanto melhor você O conhecer, mais livre do pecado estará.

A intimidade com Deus, a proximidade com o divino não se conquista vivendo de acordo com certos padrões, seguindo métodos... Deus irá tornar isso verdadeiro em você. Do contrário, tudo será vaidade.

Não é necessário que você finja, que você force uma espiritualidade inexistente. Não tente esconder seus sentimentos e fraquezas. Leve-os até Deus. Ele sabe que você sente inveja, ódio, ciúmes, que você carrega mágoas dentro de si. Em momento algum é necessário que você se esconda atrás de máscaras para impressioná-Lo. Leve sua raiva até Deus. (Hebreus 4.16) E assim, Ele lhe mostrará caminhos pelos quais você nunca sonhou passar. Importa muito mais o que Deus acha de você do que a opinião das outras pessoas. Em nenhum momento Jesus se defendeu perante os fariseus e muito menos você precisará disso.

Quando buscamos a presença de Deus e uma proximidade com Ele, a necessidade do compromisso deixa de existir. Ele e somente Ele bastará. As pessoas confiarão uma nas outras e forçar a barra não será necessário. A vida com Deus não se trata de conhecimento adquirido mas vivendo n’Ele isso se tornará realidade.

Se desejarmos viver e partilhar a vida de Jesus, as coisas se tornarão mais fáceis. Enquanto levarmos a religião, os ritos, os sacrifícios como uma prioridade, sempre faltará algo. Nada estará completo. Devemos partilhar nossas vidas uns com os outros e viver em amor uns com os outros e as coisas começarão a fluir. O evangelho e a felicidade plena se conquista com as pequenas coisas, com os pequenos gestos, com os pequenos traços de integridade.

Não devemos nos prender em jogos religiosos mas sim em uma ajuda mútua. Existe sim o Certo e o Errado mas somente Ele é a verdade. Ninguém precisa se obrigar a fazer algo pois Ele é quem faz em nós; é Ele quem nos transforma.

Não existem listas, não há métodos, não há ritos. Tais esquemas nunca nos levará à perfeição mas somente nos mostrará o quanto somos indisciplinados e culpados. Jesus não deixou princípios mas deixou seu espírito.

Muitas vezes, devido a tais métodos, listas e dogmas, as pessoas perdem o foco e começam a brigar entre si por um número considerável e motivos desprezíveis de “n” coisas. Quando confiamos em Jesus e no poder do Seu amor, viveremos n’Ele e seguiremos a Ele.

O verdadeiro evangelho consiste no empenho da ajuda mútua, encorajando uns aos outros sem sermos falsos e artificiais. Nada de clichês, nada de frases feitas, pois estes não salvam e nunca salvarão ninguém.

A realidade é que poderemos viver uma vida inteira mergulhados na religião e jamais conhecermos e nos achegarmos ao Pai. Sem jamais termos qualquer experiência que nos conscientize da intensidade do Seu amor.

Não há um modelo, alguém para seguir, um método infalível. Jesus é o Caminho e isso basta. Se concentrarmos em seu Amor e em como vivermos em liberdade em Seu espírito, aprenderemos a amar. A honestidade e a transparência brotarão de dentro de nós e nosso foco será ser como Jesus, viver como Jesus e conhecê-Lo verdadeiramente.

Trata-se de algo automático. Surgirá uma fome por relações verdadeiras e por uma vida autêntica. Ele é Amor. Conhecendo-o, amaremos também. Trata-se de uma dádiva concedida por Ele.

Não me refiro aqui a uma lista a ser seguida. Somos suficientemente bons para sermos interessantes e amados por Deus e para ouvirmos a Sua voz. Por quê? Simplesmente porque Ele é bom o bastante para nos perdoar, sanar nossas dúvidas e nos mostrar o Caminho. Simplesmente porque o Seu amor pela humanidade constrange e supera qualquer outro tipo de sentimento.

Assim que compartilharmos tais verdades, a vida aqui na Terra e em comunidade será mais real, mais original e mais autêntica do que jamais sonhamos.

Depois dêem uma olhadinha nessa passagem: Efésios 4.1-16.